Amarílio
e Dedé foram assassinados na noite do dia 20 de setembro de 2011 na
Praça José Feijó de Sá em Juazeiro do Norte (Foto: Arquivo/Agência
Miséria)
A polícia descobriu, depois, que o homem marcado para morrer era Amarílio e seu amigo terminou assassinado por esboçar reação. Um ano após o duplo homicídio apenas duas pessoas estão denunciadas pelo Ministério Público e encontram-se presas. O acusado do crime de pistolagem, Jonatan Marcos de Oliveira, de 23 anos, o Tiago Pernambuco, está recolhido à Penitenciária Industrial e Regional do Cariri (PIRC). O responsável por sua contratação, Paulo Victor Lopes Monteiro, de 25 anos, foi preso em meados de dezembro do ano passado quando contou a trama com riqueza de detalhes.
Disse ter recebido R$ 10 mil e pagou R$ 2,5 mil a Tiago e igual valor a “Ramon” que respondeu pela entrega da pistola .40 apontou a vítima e garantiu fuga ao executor. No final de dezembro, Paulo Victor ganhou habeas corpus e foi posto em liberdade. Já no dia 24 de julho, foi preso em flagrante após troca de tiros com a polícia no cativeiro onde mantinha em cárcere o filho de um empresário que havia seqüestrado em Natal (RN). Ele permanece recolhido na capital potiguar.
Quanto a Juazeiro do Norte, nenhum soube dizer a motivação do duplo homicídio. Em seu depoimento, Paulo disse ter sido contratado por uma pessoa que conhece apenas por "Damião" ou o “Vela” que se encontra recolhido à PIRC. Assumiu ter planejado tudo. Na verdade, são dois inquéritos policiais e a sociedade ainda não tem convicção sobre qual é o correto. A justiça busca novos caminhos e, para evitar atropelos, decretou absoluto sigilo.
No primeiro momento foram presos o advogado Irlando Linhares, Samuel Rosendo, Chico do Rio de Janeiro, Samuel Oliveira, Flávio Moura e Rocifran Lacerda. No dia 24 de outubro o Promotor de Justiça, Gustavo Henrique Morgado, pediu a devolução do inquérito à delegacia, fez críticas ao mesmo e pediu o relaxamento das prisões. A juíza Ana Raquel Linard negou, mas concordou com a prorrogação do prazo para novas diligências por parte da polícia e buscas de mais provas.
O inquérito pecou por não fazer os indiciamentos e mostrou dúvidas em relação ao executor. Para tumultuar ainda mais, a polícia prendeu no dia 4 de novembro, no Bairro Cirolândia em Barbalha, o crediarista Cícero Edgar Figueiredo de Miranda, de 38 anos, como executor. Sem ter nada a ver com o caso, ele ficou 28 dias na cadeia. Já o advogado Irlando Linhares, que seria o mentor do duplo homicídio, ganhou liberdade no dia 29 de novembro após 51 dias recolhidos.
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