O
crime de pirâmide financeira, comum no Brasil durante os anos
1990, voltou a ser alvo de investigações nos últimos meses, depois que
uma ação conjunta de Ministérios Públicos passou o pente fino em 33
empresas, sendo a TelexFree a principal delas. Estimuladas pela difusão
de informação sobre as empresas nas redes sociais, mais de 1,3 milhão de
pessoas se envolveram no negócio, segundo a Justiça. Todas buscavam
ganhar dinheiro em "aplicações" que têm como base a essência da pirâmide
- o golpe antigo do dinheiro rápido e fácil, de preferência, sem sair
de casa.
O
primeiro caso de pirâmide de que se tem notícia foi criado
pelo italiano Charles Ponzi, na década de 1920. Ele arquitetou um
lucrativo esquema de compra e revenda de selos do correio internacional
nos Estados Unidos que o deixou muito rico rapidamente. Ponzi prometia
retornos de 100% em apenas 90 dias. Mas, na verdade, os ganhos dos
investidores mais antigos eram custeados pela entrada de novos, e não
pela revenda dos selos. O esquema foi desmascarado por um auditor. Ponzi
foi preso, deportado e morreu no Rio de Janeiro, em 1949, como
indigente. A proporção de seu golpe foi tamanha que a expressão 'Esquema
Ponzi' dá nome ao modelo de pirâmide financeira nos Estados Unidos.
Ponzi
foi a inspiração do megainvestidor americano Bernard Madoff, cujo
esquema que drenou mais de 60 bilhões de dólares e foi descoberto
durante a crise financeira de 2008. Madoff foi condenado a 150 anos de
prisão por ter arquitetado a fraude e a mantido por mais de 40 anos. No
Brasil, os casos marcantes são o do Avestruz Master (1998) e da Fazendas
Reunidas Boi Gordo (2004).
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