Número
de aparelhos recolhidos já é superior ao dobro das apreensões do ano
passado. Até armas foram recolhidas nas celas (Foto: Divulgação/Polícia
Militar)
A maioria das apreensões ocorreu nos presídios: foram 2.605 celulares recolhidos nas casas de detenção, que deveriam contar com uma maior segurança. Nas cadeias públicas, a quantidade de aparelhos apreendidos chegou a 553. Ao todo, houve um aumento de 154% nas apreensões, numa comparação com o ano passado. Em 2011, nas cadeias públicas, foram apreendidos 198 celulares. Nos presídios, foram 1.045 aparelhos, totalizando 1.243 aparelhos de comunicação.
Segundo a assessoria de imprensa da Sejus, o material foi encontrado nas celas dos detentos durante vistorias gerais e operações de prevenção contra fugas, e também com as visitas dos presidiários, que passam por vistorias. O trabalho foi comandado pela Coordenadoria do Sistema Penal (Cosipe).
Já as operações são executadas em conjunto por agentes penitenciários e homens do Grupo de Apoio Penitenciário (GAP). O grupo foi criado há um ano e conta com 35 agentes. Mesmo assim, é flagrante o aumento do material ilícito que chega até os presos.
Bloqueadores de celular
Ao mesmo tempo em que revela a fragilidade na segurança no sistema penitenciário do Estado, o volume de apreensões de aparelhos de comunicação dentro dos presídios reacende a discussão sobre a necessidade de instalação de aparelhos bloqueadores de sinal de celular nas penitenciárias, de onde os presos continuam organizando os crimes e desafiando as autoridades.
Porém, não há uma legislação federal específica que torne obrigatória a instalação de aparelhos de bloqueadores de sinal de celular nos presídios, segundo o Ministério da Justiça. Por meio da assessoria de imprensa do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), o órgão informou que a utilização da tecnologia fica a critério de cada estado.
Conforme edição do O POVO do último dia 16 de novembro, desde 2009 as 16 unidades prisionais do Ceará aguardam a instalação de bloqueadores. Uma licitação chegou a ser iniciada em fevereiro daquele ano, quando o ex-deputado Marcos Cals (PSDB) ainda era o secretário da Justiça. O certame, porém, foi cancelado. Segundo a assessoria da Sejus, as razões do encerramento foram as falhas detectadas no sistema de bloqueio.
Durante todo o dia de ontem, O POVO tentou ouvir a secretária da Justiça e Cidadania, Mariana Lobo. A assessoria chegou a informar que a titular da pasta retornaria as ligações, o que não ocorreu até o fechamento da edição. O contato do comandante do GAP não foi disponibilizado.
Fonte: O Povo
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