terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Capitão Wagner denuncia precárias condições de trabalho da PM no Cariri


O deputado Capitão Wagner (PR) relatou, em pronunciamento na sessão desta terça-feira (06/12) da Assembleia Legislativa, viagem feita ao município de Juazeiro do Norte, na Região do Cariri, onde esteve reunido com policiais militares, civis e bombeiros.

Segundo ele, cerca de 10 mil inquéritos deixam de ser feitos por ano na Cidade, por falta de efetivo e viaturas. “Só há uma viatura alugada, que é insuficiente para os policiais trabalharem”, revelou, denunciando o corte de parte do salário dos civis. A categoria está em greve.

O republicano disse ter tido acesso a 23 contracheques dos profissionais. “Tem gente com corte de mais de R$ 1 mil, inclusive quem estava de férias”, reclamou. Segundo ele, o Governo do Estado justifica a redução alegando falta ao serviço. O deputado apontou o Ceará como o pior estado do País na relação entre o número de policiais civis e a população.

Capitão Wagner observou que ouviu os reclames dos profissionais de segurança pública da Região. Explicou que o convite para Juazeiro do Norte partiu Associação dos Praças do Cariri.

O encontro, porém, quase ficou comprometido por conta de uma decisão do Comando Militar da área. Conforme o deputado, foi determinada uma busca no presídio local para evitar que os policiais participassem da reunião. “Eles foram escalados para o serviço. No horário de folga e sem direito sequer a café da manhã. Foi um abuso! Infelizmente, ainda temos pessoas que trabalham dessa forma na Corporação. Por isso a corporação está do jeito que está”, criticou.

O parlamentar informou que o encontro aconteceu somente após a vistoria. “Vamos encaminhar as demandas para o Governo e a Secretaria da Segurança Pública. Não adianta tentar evitar reuniões, porque os policiais estão reivindicando. A tropa está carente!”, pontuou.

Ele criticou ainda o Comando Geral da PM por obrigar o Comando de Policiamento da Capital (CPC) a rebaixar o conceito de oficiais, para conceder promoções a membros que “agradem” à Secretaria. “Isso é tráfico de influência. É crime! E já fizemos denúncia à auditoria militar”, frisou.
BC/AM

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