terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Juazeiro do Norte-CE: Advogado Irlando Linhares está livre, leve e solto para voar



Novidade no caso das mortes do vereador Amarílio Pequeno da Silva e do ex-policial Civil, Dedé Bezerra. O advogado Irlando Linhares, que seria o mentor intelectual do duplo homicídio, ganhou liberdade nesta terça-feira e já deixou a cela especial da Delegacia de Capturas de Fortaleza. Ele estava ali recolhido desde o dia 12 de outubro para onde foi recambiado pelo Delegado Gustavo Augusto, que o havia prendido quatro dias antes após este prestar depoimento em Juazeiro.

O acusado chegou à sede da 20ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Juazeiro na manhã de um sábado, dia 8 de outubro, acompanhado do seu advogado Hélio Leitão, foi ouvido e levado para a carceragem da 20ª DRPC por conta de um Mandado de Prisão Preventiva. O pedido de Habeas Corpus foi posto para deliberação no Tribunal de Justiça do Ceará na última terça-feira, dia 29 de novembro com o parecer favorável da Procuradoria Geral de Justiça (PGJ).

Na oportunidade o relator da solicitação, Desembargador Paulo Camelo Timbó votou a favor da soltura do ex-procurador de justiça de Juazeiro, enquanto seu colega Haroldo Correia de Oliveira Máximo manifestou posição contrária. Já o Desembargador Francisco Pedrosa Teixeira pediu vistas adiando a decisão para esta terça-feira. Hoje, ele anunciou voto favorável à liberdade do advogado, enquanto o Desembargador Haroldo Correia mudou seu voto garantindo a unanimidade de 3 a 0 pela soltura.

O inquérito policial presidido pelo advogado Gustavo Augusto aponta Irlando Linhares como autor intelectual das mortes dos ex-policiais Amarílio e Dedé. Em sua conclusão, ele afirma que Amarílio teria sido o responsável por convidar Irlando para tocar o processo de liquidação da Concasa de Barbalha, gerando o viés de negócios. “Na medida em que o processo avançou, Irlando vislumbrou a possibilidade de mais lucros e tratou de alijar Amarílio e Dedé da sociedade”, destacou.

Na visão do delegado, teria sido esse o motivo dos desentendimentos que passaram a existir, segundo sugere em seu relatório final do inquérito entregue à justiça e devolvido por esta a pedido do Ministério Público para aprofundar investigações. Gustavo Augusto insinua ainda a agilidade com a qual Irlando tratou do seu casamento, questiona os objetivos de sócio e funconários seus na viagem para São Paulo no dia do crime e a presença de amigos destes na mesa com Amarílio e Dedé antes dos disparos.

Além disso, faz menções ao achado de cartuchos de pistola .40 na casa de Chico, sendo o mesmo calibre das que foram usadas nos crimes. O delegado levantou que, nos últimos tempos, os únicos atritos de Amarílio e Dedé foram com Irlando e chama a atenção para o que considera depoimento revelador que foi o primeiro de Samuel Rosendo. Leva em conta ainda as informações dadas por um detento que pernoitou na carceragem dizendo que os acusados não dormiram e “cochichavam” bastante. O advogado Irlando Linhares sustenta sua negativa de envolvimento no duplo homicídio.


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